segunda-feira, 20 de abril de 2009

SIM

Acordei bem cedo para te dizer a falta que me fazias, mas, ao olhar no horizonte, apercebi-me de que apenas a tua sombra restava de tanta essa enumera vontade de saciar algu proibido.
Desfacelida, já rastejando e pedindo para que não me voltasses a abandonar, so além, ouvi uma voz pura dizendo que jamais me deixaria e que estaria sempre bem protegida.
Ao regreçar ao vale dos lençois que apoderavam a minha simples e humilde cama, fechei os olhos e senti algu a pairar sobre mim.
Serias tu, oh rei dos meus sonhos, pesadelo do meu inferno. Sereis tu, amado e fiel saudade que me têra por dentro?
Sabelo tão bem.
Sabelo maravilhosamente.
Só vós sabeis o quão por ti choro.
Só vós sabeis a falta que me fazeis quando ides por esses caminhos imensos onde não entrára um único raio de sol.
Só vós, conseguides fazer com que a tua sombra volte repleta de frescura, harmonia, vaçalagem, amizade e amor.
Só vós. Só vós.
Sara

domingo, 19 de abril de 2009

vida


A tua saudade é mera.
A tua angustia, decadente.
A tua fala, o teu corpo, a tua ideia, o teu pensamento, tudo mudou.
Numa manhã em que a lua pairava na mais lubre estrela, tu mudaste.
O teu norte já não fará sentido.
O teu sentimento terá morrido.
Ficarás preso ao teu palco imenso em que só tu és actor e só tu contracenas contigo proprio.
Por caminhos nunca antes percorridos, tu foste Rei.
Viste o sol caminhar pela sombra da lua cheia numa madrugada de tempestade bravia.
Tendeste, algures, em ti, uma vontade sobria.
Esperaste que a tudo à tua volta mudasse de cor e, por fim, morreste.
Sara

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Imagem

Um desejo quieto e vergonhoso
vento que passas, leva-me contigo
no
silêncio e com silêncio.
Podereis roubar-me tudo,
mas d
entro de ti há o lugar onde o coração
se esconde.
O seu brilho bravio,
essa
fragil
ideia que batia
donde ao longe havias de chegar.
Tu. Tu não ias adivinhas as leis secretas.
Quem és tu?
A tua, e única, imagem

Sara Ramalho


pulsa-me o coração ao ritmo dolente.

domingo, 12 de abril de 2009

Simples. Como o teu olhar.


Pelos quadro cantos do mundo percorridos.
Pelo teu corpo nunca antes tocado.
Pela sombra do teu beijo e o toque do teu olhar.
Pelo teu rumo nunca antes traçado.
Sinto-te longe, mas perto.
Sinto, pela clareza do luar, o teu toque suave a delizar delicadamente nos contornos doces que proporcionas no meu corpo.
Sinto a falta das tuas palavras adocicadas a pairar no meu ouvido como se fosse uma folha castanha a cair no Outono de todas aquelas arvores estranhas que mudam de dia para dia. Tal como tu.
Sinto, também, a falta de todo aquele recheio de amor, feróz, tal como um leão à caça da sua presas.
Sinto, sinto muito, mas sinto-te tão pouco.