quinta-feira, 23 de julho de 2009

a tua névoa fala mais alto




Numa noite de neblina branda, vi o teu ceu estrelado.
Pelo teu olhar vi a sensibilidade do teu toque.
Na tua névoa sorti o meu sorriso e este permanece sempre que de ti falo.
Sinto-te longe, perto, mas, quando a petala cair do teu desabrochar, serás meu.
SARA RAMALHO

terça-feira, 21 de julho de 2009

Mero mas saudoso


Sinto a falta da suavidade das tuas palavas a pairar no meu corpo.
Sinto saudades do toque do teu olhar flutuando plo meu pensamento.
Senti-te, em tempos, por meros pensamentos.
Hoje, quase que não te sinto, quase que não te vejo, mas continuo a sentir a tua falta. Dia-após-dia.
Sei que um dia vais voltar, mesmo que por meros instantes e aí, sentir-te-ei mais que nunca, para sempre!
SARA RAMALHO

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Hoje, eu, não sou de ninguem


Hoje, acordei e, sem abrir os olhos, senti o toque do teu olhar.
Senti o cheiro do teu beijo e a tua mão a vaguiar pelo meu extenso corpo.
Senti-me livre. Senti-me bem. Senti-me tua.
Virei-me e, mesmo com os olhos fechados, vi a tua presença na minha ilustre parede cinzenta, tal como o meu mundo.
Levantei-me, vaguiei pelo quarto e, quando cheguei em frente ao espelho por fim teria aberto os olhos.
Olhei em frente e vi que eras um mero sonho.
Percebi, ali, que nunca me tinha sentido livre, pois estava presa à tua imagem.
Percebi, também, que nunca me tinha sentido bem, pois não te tinha.
Hoje. Eu, hoje, não sou de ninguem.



SARA RAMALHO