domingo, 19 de abril de 2009

vida


A tua saudade é mera.
A tua angustia, decadente.
A tua fala, o teu corpo, a tua ideia, o teu pensamento, tudo mudou.
Numa manhã em que a lua pairava na mais lubre estrela, tu mudaste.
O teu norte já não fará sentido.
O teu sentimento terá morrido.
Ficarás preso ao teu palco imenso em que só tu és actor e só tu contracenas contigo proprio.
Por caminhos nunca antes percorridos, tu foste Rei.
Viste o sol caminhar pela sombra da lua cheia numa madrugada de tempestade bravia.
Tendeste, algures, em ti, uma vontade sobria.
Esperaste que a tudo à tua volta mudasse de cor e, por fim, morreste.
Sara

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